Os inversores solares desempenham um papel vital na estrutura de um sistema fotovoltaico. Eles são responsáveis por realizar a conversão da corrente contínua em corrente alternada e sua sincronização com a rede. Ou seja, a função primordial dos inversores é adaptar a energia produzida pelos painéis solares de modo a torná-la compatível com os padrões da rede elétrica convencional
Sem esse componente, toda a energia gerada pelos painéis solares permaneceria inaproveitável, incapaz de alimentar um edifício ou seus dispositivos elétricos.
Além disso, o inversor é responsável pela operação dos painéis, maximizando a produção de energia através dos circuitos de MPPT, garantindo a produção máxima em todos os momentos.
A escolha de um inversor solar inadequado para o projeto ou uma instalação deficiente representam as principais causas de problemas de geração, incompatibilidade, reprovação do projeto ou falhas nas vistorias de sistemas fotovoltaicos.
Neste artigo, oferecemos algumas dicas para ajudá-lo a selecionar o inversor solar ideal para o seu projeto.
Como escolher um inversor solar?
Ao escolher um inversor solar, dois fatores essenciais merecem atenção especial: confiabilidade e eficiência. Quanto maior a eficiência do seu inversor solar, mais energia gerada pelos painéis fotovoltaicos é aproveitada em sua casa ou empresa. Além disso, a confiabilidade é um critério fundamental, pois reduz o risco de problemas com o inversor.
Empresas respeitadas no mercado, como a Huawei, oferecem inversores confiáveis, proporcionando tranquilidade aos proprietários de sistemas fotovoltaicos.
Monofásico, bifásico ou trifásico: entendendo as conexões de inversores solares
É importante frisar que é possível conectar um inversor monofásico em uma rede bifásica ou trifásica. Certamente, o contrário não pode acontecer. Não é possível conectar um inversor trifásico em redes bifásicas ou monofásicas. Parece simples, mas é uma confusão comum e que ocorre com frequência.
O sistema monofásico possui uma única fase de alimentação e três fios, fase, neutro e o fio de aterramento, para segurança. A tensão de alimentação desse sistema no Brasil varia entre 127V e 220V, variando de acordo com a região. Outra característica importante desse sistema é que as tomadas de alimentação são aquelas de uso geral, ou seja, que podem ser utilizadas em equipamentos do dia a dia. Nesse sistema, o consumo de potência não ultrapassa 8 kW.
O sistema bifásico apresenta uma evolução importante em relação ao sistema monofásico: quatro fios de alimentação constituem o sistema: dois para as fases, um para o neutro e o fio de aterramento. Ele oferece duas tensões diferentes, 127/220V ou 220/380V, entre fases e linhas, respectivamente. Esse sistema é apropriado para unidades residenciais com consumo mais elevado e unidades comerciais com menor demanda de energia, com potência máxima de 25 KW.
O sistema trifásico é composto por cinco fios, dos quais três são fases de alimentação, um é o neutro e o último, claro, é o fio de aterramento. Semelhante ao sistema bifásico, ele oferece duas tensões: 127/220V ou 220/380V. Com uma potência máxima de 75 KW em baixa tensão, o sistema trifásico é ideal para estabelecimentos comerciais e indústrias que exigem maior consumo de energia. Cada sistema atende a necessidades específicas, com o monofásico para consumidores com demanda baixa, o bifásico para demandas intermediárias e o trifásico para grandes consumidores de energia.
Tensão de fornecimento da concessionária
O Brasil apresenta uma variedade significativa de tensões de rede, que podem variar de 110V, 115V, 120V, 127V, 208V, 220V, 254V, até 380V e 440V, dependendo da região geográfica. Isso frequentemente leva a situações em que as pessoas adquirem ou instalam inversores com saída de tensão que difere da rede elétrica local.
Essa informação é crucial para determinar se a faixa de tensão de saída do inversor é compatível com a rede ou se será necessário usar um transformador de acoplamento. Isso evita incompatibilidades e garante um funcionamento adequado do sistema de energia solar.
Quantidade de MPPT
O MPPT ((sigla de “Maximum Power Point Tracker” — ou “Rastreador de Ponto de Máxima Potência”, em português) monitora de forma contínua os parâmetros elétricos em sua entrada — fazendo ajustes em tempo real, garantindo que o aproveitamento da energia será o máximo na conversão de corrente contínua para corrente alternada. Assim, o MPPT otimiza a energia gerada (buscando a melhor potência para funcionamento da placa solar).
A quantidade necessária de MPPTs é diretamente proporcional à quantidade de variações de exposições do sistema. Como exemplo, você pode adquirir inversores de 3 kW com 1 ou 2 MPPTs. No entanto, é importante ter cautela! Utilizar um inversor com apenas 1 MPPT para arranjos com diferentes orientações resultará em perdas significativas na geração de energia, além de colocar o seu sistema em risco de defeitos e até incêndios. Portanto, escolher o número apropriado de MPPTs é crucial para otimizar a produção de energia do seu sistema solar.
Sinal de comunicação Wi-Fi ou GPRS
Ao considerar o monitoramento remoto do sistema fotovoltaico, é fundamental avaliar o tipo de sinal de comunicação disponível no local de instalação.
Quando o cliente não dispõe de uma conexão Wi-Fi na propriedade, é necessário recorrer a uma rede cabeada ou à comunicação por GPRS. Nesse cenário, é essencial garantir que o inversor seja compatível com essas interfaces de comunicação. A escolha adequada assegura que o sistema fotovoltaico possa ser monitorado de maneira eficaz, independentemente da disponibilidade de Wi-Fi no local.
Durabilidade do inversor solar
A durabilidade do equipamento é um fator de importante a ser considerado ao investir em um sistema fotovoltaico. Para garantir que o valor investido seja recuperado ao longo do tempo, é essencial que, além da qualidade de outros componentes do sistema e de uma instalação adequada, o inversor solar tenha uma vida útil satisfatória. Existem três características essenciais a serem asseguradas:
- Grau de proteção adequado: Verifique se o inversor possui um grau de proteção coerente com o seu local de instalação, como IP65, IP66, etc., para garantir sua resistência às condições ambientais adversas.
- Faixa de temperatura de operação: Certifique-se de que o local de instalação esteja em conformidade com a faixa de temperatura de operação especificada para o inversor, a fim de evitar desgastes prematuros. Vale lembrar que locais com pouca ou nenhuma ventilação podem chegar a temperaturas bem acima da temperatura ambiente, e isso deve ser levado em consideração também.
- Resistência à corrosão metálica: Se o local de instalação estiver sujeito a umidade ou maresia, é crucial que o inversor possua resistência contra corrosão metálica para garantir sua durabilidade a longo prazo.
Estes quesitos são essenciais para a eficiência contínua do seu sistema fotovoltaico e para proteger o seu investimento.
Quais os tipos de inversor solar?
Inversor solar grid-tie (ou inversor solar on-grid)
O inversor solar grid-tie, também conhecido como inversor on-grid, é o modelo mais utilizado. Este inversor é projetado para conectar sistemas fotovoltaicos à rede elétrica de sua residência ou empresa, com a capacidade de desconectar rapidamente caso ocorra uma queda de energia na rede.
Com o inversor solar grid-tie, é possível aproveitar ao máximo a energia gerada pelo sistema fotovoltaico de forma eficiente e confiável.
Inversor solar offgrid
A expressão "off-grid" traduz-se como "fora da rede" ou "desconectado da rede". O inversor solar off-grid foi desenvolvido para sistemas de energia solar isolados, ou seja, sistemas fotovoltaicos que operam de forma independente da rede elétrica. Geralmente, esses sistemas são implantados em áreas onde o acesso à rede elétrica é limitado ou inexistente, fazendo uso de baterias para armazenamento de energia.
Os inversores off grid desempenham um papel crucial, convertendo a corrente contínua (CC) de 12, 24 ou 48 Volts em corrente alternada (CA) com 110/220 V e 60 Hz, de acordo com as especificações brasileiras. Isso possibilita alimentar eletrônicos e eletrodomésticos convencionais.
Em relação ao tamanho, a escolha do inversor off-grid varia de acordo com a aplicação. Os modelos menores, com potências que variam de 150 W a 2000 W, são leves e portáteis, permitindo sua mobilidade entre diferentes sistemas.
Por outro lado, os inversores off-grid mais potentes são destinados a equipamentos de alto consumo energético, como geladeiras, ferramentas elétricas e equipamentos de telecomunicações. Esses inversores, com potência superior a 2000 W, são mais pesados e requerem instalação permanente, além de oferecerem recursos avançados, como controle de carga e monitoramento via internet.
Micro inversor
O microinversor é projetado para operar com poucos painéis solares, às vezes somente um único, assegurando a estabilidade da energia elétrica em cada componente e permitindo que os painéis funcionem de maneira independente. Isso é particularmente benéfico em locais específicos em que há pouco espaço para instalação de muitos painéis orientados à mesma direção e inclinação.
Uma das vantagens notáveis desse tipo de inversor é a otimização individual da produção de energia de cada módulo, assegurando que cada painel atinja seu máximo potencial, contribuindo para a eficiência do sistema fotovoltaico, independente de condições climáticas ou sombras próximas.
Estas foram algumas dicas para te ajudar na hora de escolher o melhor inversor solar para o seu projeto.
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